Armand Annet foi o alto-comissário francês responsável pela administração de Madagascar sob o regime de Vichy durante a Segunda Guerra Mundial. Leal ao marechal Pétain, Annet desempenhou um papel crucial na defesa da ilha contra os invasores britânicos em 1942. Com uma postura rígida e determinada, ele organizou a resistência com os limitados recursos militares disponíveis, majoritariamente compostos por tropas coloniais francesas e algumas guarnições locais. Apesar de sua lealdade a Vichy e dos esforços para manter o controle francês sobre a ilha, Annet acabou se rendendo após meses de confronto, em novembro de 1942, quando ficou claro que a derrota era inevitável. Sua figura é frequentemente vista como símbolo da persistência de um império colonial em declínio.
Embora não tenha participado diretamente das operações militares em Madagascar, Winston Churchill, como primeiro-ministro britânico e figura central do esforço de guerra aliado, foi o principal arquiteto político da decisão de invadir a ilha. Churchill via Madagascar como um ponto estratégico vital para a segurança do Império Britânico no Oceano Índico, especialmente após os avanços japoneses na Ásia. Sua determinação em evitar qualquer possibilidade de presença do Eixo em Madagascar levou à autorização da Operação Ironclad. Assim, Churchill pode ser considerado o principal responsável político pela intervenção, mesmo que o comando militar tenha sido delegado a oficiais britânicos como o almirante Edward Syfret e o general Robert Sturges.